O farelo de soja tem sido a commodity mais valorizada ao longo de 2012, um subproduto da soja que parece gérmen de trigo, está superando a do petróleo e a do ouro. A forte alta dos preços reflete a forte seca registrada nos países da América do Sul, que elevou a cotação da soja em grão em 23% desde
o início do ano.
O farelo de soja tem sido a commodity mais valorizada ao longo de 2012. A proteína usada na composição da ração de frangos subiu 34% entre janeiro e meados de abril. A alta do preço do farelo amarelo, um subproduto da soja que parece gérmen de trigo, está superando a do petróleo e a do ouro.
A forte alta dos preços reflete a forte seca registrada nos países da América do Sul, que elevou a cotação da soja em grão em 23% desde o início do ano. Ao mesmo tempo, a expansão da demanda chinesa também está impulsionando a cotação do farelo, à medida que a classe média do país aumenta e começa a consumir mais carne. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os rebanhos chineses consumirão cerca de 46,5 milhões de toneladas de farelo de soja este ano, 24% a mais que dois anos atrás.
Nos Estados Unidos, os criadores de frango e gado também devem usar mais farelo de soja este ano. O aumento da demanda mundial está elevando as vendas do Brasil. No primeiro trimestre de 2012 foram embarcadas 3,10 milhões de toneladas de farelo de soja, volume 16,2% maior que as 2,66 milhões de toneladas embarcadas de janeiro a março de 2011.
Em seu relatório mensal sobre estimativa de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou em 1,3% as projeções para o consumo de farelo no ano fiscal a terminar em 30 de setembro, para 30,6 milhões de toneladas. O Departamento também diminuiu em 6,9% as previsões para o estoque mundial de farelo no final deste período, para 6,89 milhões de toneladas.
O aumento da demanda associado a estoques menores e à seca na América do Sul deve ajudar a manter os preços do farelo em alta nos próximos meses. Ainda em abril a principal bolsa de grãos da Argentina, terceiro maior exportador de soja do mundo depois dos EUA e do Brasil, reduziu sua previsão da produção de soja do país em 3,1%, para 43,1 milhões de toneladas, devido à seca que reduziu o rendimento da safra mais do que o previsto. No Brasil, de acordo com estimativas da empresa de consultoria Agroconsult a safra será em volume 10 milhões menor que a do ano passado, somando 65 milhões de toneladas. “A queda reflete a deterioração das lavouras por conta da seca em importantes regiões produtoras”, avalia André Pessoa, diretor da empresa.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária(IMEA), a China foi o principal destino da soja exportada pelo Mato Grosso em março deste ano.
O país importou no mês passado 1,4 milhão de toneladas do grão, 62,2% do total exportado pelo Estado.
Espanha e Tailândia ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, com a compra de 297,78 mil toneladas e 150,43 mil toneladas. Estes volumes corresponderam a 13,2% e 6,7% das exportações do Estado.
No total em março, Mato Grosso exportou 2,25 milhões de toneladas de soja em grão, gerando um faturamento de US$1,10 milhão. Em igual período do ano passado, o Estado exportou 1,2 milhão de toneladas, 43,5% menos.
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