Estado atingiu marca de 29,1 milhões de animais em 2011, segundo Indea.
Para criadores, expansão foi possível graças ao uso de tecnologias.
O rebanho bovino mato-grossense atingiu em 2011 a marca de 29,1 milhões de animais. O total representou um crescimento de 1,5% sobre o ano anterior e confirmou, por mais uma vez, a unidade federada como a detentora do maior plantel bovino do país. O número é do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), do estado, e refere-se à campanha de vacinação contra febre aftosa no mês de novembro.
O superintendente da Associação dos Criadores (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que o crescimento foi possível graças à incorporação de novas tecnologias à cadeia produtiva, garantindo a prática sustentável ao segmento e impedindo a abertura de novas áreas, prática contrária ao que determina a legislação ambiental. "Nunca tivemos no estado tanto gado quanto temos hoje, graças ao uso da tecnologia", disse, ao G1.
O setor apostou em novas alternativas e conseguiu obter resultados que conferiram ao produtor a possibildade de aumentar o rebanho. Entre elas, a utilização do confinamento e semiconfinamento. Mas Vacari lembra que a incorporação ocorreu a partir de uma realidade no estado: a morte de 2,2 milhões de hectares de pastagem, ocorrida entre 2010 e 2011.
A situação 'obrigou' o produtor a investir em técnicas para garantir a sobrevivência dos animais que estavam no pasto sujeitos à falta de alimento.
A situação motivou uma nova perspectiva ao setor. "Essa busca por novas tecnologias já existia, mas não nessa intensidade. Fomos forçados a adotar em um número maior por conta da morte de pastagem. Se não fosse esse problema, demoraríamos mais para atingir esse número [29,1 milhões de animais]", frisou o superintendente da associação.
Os números da Associação dos Criadores de Mato Grosso mostram como o uso do confinamento contribuiu com a evolução do rebanho bovino no estado. Entre 2005 e 2011 o total de animais confinados cresceu 548%, passando de 117.879 animais para outros 763.947 mil.
No comparativo entre 2010 e 2011 a evolução chegou a 29%. O consequente aumento fomentou os abates. "Abatemos mais boi na entressafra do que na safra 2011, o que comprova essa é uma tendência de mercado e que o produtor está investindo em confinamento e semiconfinamento e isso tornou o ano de 2011 muito estável", acrescentou Vacari.
Futuro
Os produtores do estado apostam na utilização do confinamento e já projetam uma nova meta: querem tornar Mato Grosso a unidade federada como a maior confinadora de bovinos. A posição atualmente é exercida por Goiás. "Mato Grosso vai se consolidar como o maior confinador do país. Temos o maior rebanho e a maior produção de grãos. Mas não dá para prever em quanto tempo isso ocorrerá. Vai depender de uma série de fatores", ponderou Luciano Vacari, da Acrimat.
A solidificação do estado na posição deve ocorrer de forma gradativa, conforme reitera Vacari. "Simplesmente é o resultado de uma apuração numérica. O estado tem condição de ser o maior estado confinador do país", concluiu Vacari.
Fonte: Portal G1
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